Um Retrato Desafiador: A Pobreza Extrema em Juiz de Fora
Juiz de Fora, a quarta maior cidade de Minas Gerais, enfrenta um desafio social significativo: de acordo com os dados de novembro de 2025 do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), impressionantes 58.530 pessoas, ou 24.574 famílias, vivem em situação de extrema pobreza. Isso significa sobreviver com até R$ 7,25 por dia, um retrato que representa 10,8% da população, com base no Censo de 2022 do IBGE.
O Que Define a Extrema Pobreza?
Para o CadÚnico e o IBGE, uma família é classificada em extrema pobreza quando a renda mensal por pessoa não ultrapassa R$ 218. Na prática, uma família de quatro pessoas precisa se virar com apenas R$ 872 por mês, o que se traduz em cerca de R$ 29 por dia para todas as despesas ou a já mencionada quantia de R$ 7,25 diários por indivíduo.
Uma Luz no Fim do Túnel: A Queda nos Índices
Apesar dos números alarmantes, há uma notícia animadora: Juiz de Fora tem conseguido reduzir gradativamente o número de famílias em extrema pobreza nos últimos dois anos. Novembro de 2025 marcou o menor índice registrado desde o pico histórico de maio de 2023, quando a cidade contabilizou 33.618 famílias (equivalente a 79.366 pessoas e 14,67% da população) nessa condição.
A evolução recente mostra uma trajetória de melhora:
- Maio de 2023: 33.618 famílias
- Dezembro de 2023: 28.959 famílias
- Dezembro de 2024: 25.819 famílias
- Novembro de 2025: 24.574 famílias
Essa tendência de redução acompanha o cenário nacional, onde o Brasil também atingiu os menores níveis de pobreza e extrema pobreza desde o início da série histórica do IBGE, em 2012.
O Que a Prefeitura Está Fazendo?
A Prefeitura de Juiz de Fora não está parada. A gestão municipal reforça que a cidade conta com uma
Um Olhar no Passado: A Luta Contínua
Os dados do MDS, disponíveis desde agosto de 2012, mostram que Juiz de Fora registrava 23.184 famílias em extrema pobreza. O ponto mais baixo documentado na cidade foi em setembro de 2017, com 15.703 famílias. O período da pandemia da Covid-19, no entanto, viu um aumento significativo: de 17.152 famílias em fevereiro de 2020 para 19.116 em março de 2021, culminando no pico histórico de maio de 2023. A retomada da queda nos índices, portanto, é um sinal de resiliência e dos esforços contínuos para reverter esse cenário.
Fonte da imagem: G1