Identidade visual: entre a originalidade e a cultura do CTRL+C – CTRL+V

A originalidade vem da profundidade do conceito, não da superfície do design.
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Vivemos em uma era em que a facilidade de acesso a ferramentas de design tem permitido que qualquer pessoa, com alguns cliques, crie algo visualmente “bonito”. Plataformas como Canva e CapCut oferecem soluções rápidas e, aparentemente, eficazes. Mas, será que isso representa, de fato, uma identidade visual sólida e original?

Templates não são conceito

A nova geração, criada na era digital, cresceu com a possibilidade de “futucar” programas, testar templates e modificar elementos pré-prontos. O problema é que muitos não aprofundam seus conhecimentos sobre design e acabam acreditando que trocar cores, elementos e fontes é o bastante para tornar algo original. O ponto é que originalidade não se resume a escolher um template pronto e apenas substituir informações. O design não é apenas a estética, mas estratégia, conceito e diferenciação.

O reflexo disso pode ser visto no mercado. Quantas vezes você já saiu na rua e viu empresas completamente diferentes usando logotipos praticamente idênticos? Recentemente recebi em três grupos de WhatsApp (de lugares diferentes) o mesmo post de “Feliz Aniversário”. O layout, as imagens e até a tipografia eram os mesmos. Somente as cores e o texto mudavam. O que deveria ser uma expressão única tornou-se um produto de linha de montagem, como nas fábricas.

Identidade não é só logo

Outro equívoco frequente é pensar que identidade visual se resume ao logo. Na realidade, trata-se de um ecossistema visual e conceitual completo que abrange cores, tipografias, elementos gráficos, aplicações digitais e físicas, filosofia da empresa e experiência do consumidor. Uma identidade forte não se faz apenas com um símbolo bonito, mas com um conjunto de elementos que comunicam a essência da marca de forma coerente e diferenciada.

Então, como garantir que a identidade visual da sua empresa seja verdadeiramente original em tempos de soluções padronizadas? A resposta está no processo. Criar uma identidade visual do zero exige estudo, pesquisa e criatividade. É necessário compreender a empresa, seus valores, seu público-alvo e seu posicionamento de mercado antes de pensar em qualquer elemento gráfico. A originalidade vem da profundidade do conceito, não da superfície do design.

Fuja do comodismo: invista em quem constrói, não copia

Negócios que almejam destaque no mercado precisam investir em empresas e profissionais capacitados que vão além do óbvio e buscam soluções que realmente representem a essência da marca. Isso significa fugir do comodismo dos templates prontos, sites de “crie sua própria logo”, da mera repetição de tendências e do abuso de sistemas de inteligência artificial. É necessário entender que design de verdade não se copia – se constrói.

No final das contas, a identidade visual não deve ser apenas algo bonito e padronizado, mas um reflexo fiel do que a marca representa. E isso só se consegue com autenticidade, estratégia e um olhar atento à diferenciação.

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