A Trama se Desenrola
A tranquilidade de Barbacena foi abalada por um crime brutal que agora começa a ter seus contornos desvendados. A Polícia Civil trouxe à luz detalhes cruciais sobre a prisão de três indivíduos suspeitos de envolvimento na morte de Júlio César Andrade Silvério, um motorista de aplicativo cujo desaparecimento e falecimento chocaram a cidade.
Na última sexta-feira, 31 de outubro, as autoridades agiram rapidamente, prendendo duas mulheres, de 21 e 40 anos, e um homem de 35. Segundo as investigações, o trio estaria diretamente ligado ao latrocínio — roubo seguido de morte — que vitimou Júlio.
O Último Pedido de Corrida
Uma das detidas é companheira do principal suspeito. O casal teria solicitado uma corrida na fatídica noite de 11 de outubro, quando Júlio desapareceu. A viagem, feita fora do aplicativo, teria sido combinada em um ponto de embarque. A delegada Ariadya Tavares, responsável pelo caso, aponta que não há indícios de que os envolvidos conheciam a vítima previamente. A irmã do homem também foi presa, por sua participação nas movimentações bancárias.
Latrocínio e Fuga
A brutalidade do crime impressiona: Júlio César foi morto com múltiplas facadas. Após o assassinato, foram realizadas movimentações financeiras da conta da vítima, totalizando pelo menos R$ 20 mil. Três dias após o desaparecimento, o corpo de Júlio foi encontrado com vestígios de carbonização, em um barranco na região conhecida como Cabeça Branca, em Barbacena. O casal, após o crime, ainda viajou para destinos turísticos na Região dos Lagos, como Arraial do Cabo e Búzios, numa aparente tentativa de fuga ou dissimulação.
Quem Era Júlio César?
Além de motorista de aplicativo, Júlio César Andrade Silvério era pedreiro. Naquele fim de semana de outubro, ele aproveitava o movimento da tradicional Festa das Flores e Rosas para realizar corridas. Deixa esposa e um filho de apenas dois anos. A família relatou que o carro, adquirido recentemente, foi encontrado no Bairro Grogotó, com vestígios de sangue, um dia após o último contato com Júlio. A perícia confirmou o sangue, dando início às buscas que culminaram na dolorosa descoberta do corpo. A delegada Ariadya Tavares ressaltou que Júlio não possuía nenhum histórico de envolvimento com ocorrências policiais.
Investigações Continuam
A Polícia Civil informou que o suspeito principal já possuía passagens por furto e violência doméstica. As investigações prosseguem, e a polícia não descarta a possibilidade de outros envolvidos na ação criminosa, buscando esclarecer todos os detalhes desse lamentável episódio.