Mega Apreensão em JF: Quase 8 Mil Litros de Cachaça Clandestina Retirados de Circulação

Operação da Polícia Civil em Juiz de Fora interdita alambique clandestino e apreende quase 8 mil litros de cachaça irregular, colocando em risco a saúde pública.
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Uma ação conjunta da Polícia Civil em Juiz de Fora trouxe à tona uma situação alarmante para a saúde pública. Batizada de ‘Dose Clandestina’, a operação resultou na interdição de um alambique ilegal na região do Bairro São Sebastião, onde foram encontrados milhares de litros de bebidas em condições inadequadas.

O Perigo por Trás do Gole

No local, a equipe de fiscalização se deparou com um cenário preocupante: entre 7 e 8 mil litros de cachaça e outras bebidas fermentadas estavam armazenados sem qualquer controle de qualidade ou autorização sanitária. O proprietário do imóvel, um homem de 50 anos, foi preso em flagrante e levado ao Ceresp.

Produção Sem Regras e com Risco à Saúde

A Polícia Civil revelou que a produção e o armazenamento das bebidas ocorriam em condições totalmente irregulares. Investigações mostraram que tábuas, pedaços de madeira e até frutas eram adicionados aos recipientes, numa tentativa rudimentar de simular envelhecimento e alterar cor, sabor e aroma.

Essa prática, totalmente desprovida de controle técnico e sanitário, é extremamente perigosa. Segundo a polícia, ela pode gerar a formação de compostos nocivos, como o excesso de metanol, uma substância tóxica à saúde.

Ainda mais grave: as cachaças eram guardadas em recipientes plásticos comuns, sem qualquer certificação para uso alimentício. Muitos deles apresentavam vedação improvisada, sinais de sujeira e contaminação externa, e alguns, inclusive, já haviam sido utilizados para armazenar combustíveis.

Ausência Total de Controle

A falta de responsabilidade era completa. Nenhum dos produtos possuía rótulo, data de fabricação, validade ou qualquer informação de origem, tornando impossível a rastreabilidade e a verificação de qualquer padrão de qualidade.

Para completar o quadro de ilegalidade, o alambique não possuía registro empresarial, alvará de funcionamento ou licenças de órgãos reguladores essenciais, como a Vigilância Sanitária e o Ministério da Agricultura (MAPA).

Prisão e as Consequências Legais

O proprietário do alambique, detido em flagrante, foi encaminhado à 5ª Delegacia de Polícia Civil. De acordo com a delegada Bianca Mondaini, ele foi autuado pelo crime de comercialização de mercadoria imprópria ao consumo, conforme a Lei 8.137/1990.

Dependendo dos resultados dos exames periciais nas bebidas apreendidas, o homem pode responder por crimes adicionais, como adulteração de produto alimentício e diversas infrações sanitárias.

Fim da Linha para o Alambique

A fiscalização culminou na interdição imediata do imóvel, com a apreensão de todos os recipientes e bebidas encontradas. A Vigilância Sanitária ficou encarregada da remoção e descarte seguro de todo o material.

Foram lavrados autos de infração e de interdição. A bem-sucedida operação contou com o apoio fundamental da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Vigilância Sanitária e do PROCON municipal.

Fonte da imagem: G1 Zona da Mata

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