Estudantes e professora de arquitetura do IFSP recebem prêmio do CAU/SP – Portal Institucional – IFSP

Estudantes e professora de arquitetura do IFSP recebem prêmio do CAU/SP

As menções honrosas fazem parte do prêmio Projetando o Futuro, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/SP)

     

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da ex-estudante do IFSP e agora arquiteta e urbanista, Tainã Dorea, foi premiado com menção honrosa/destaque em equidade e diversidade na edição 2022 do prêmio Projetando o Futuro, organizado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/SP). O trabalho, intitulado “Poeticidades Diaspóricas; subjetividades pretas nas ruas da Vila Matilde”, foi desenvolvido durante o curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo no Câmpus São Paulo e teve a orientação da professora Giselly Barros Rodrigues. A cerimônia de premiação ocorreu no dia 30 de novembro.

A pesquisa de Tainã levanta discussões sobre o desenvolvimento urbano excludente da cidade, evoca a memória e a identidade negra de instituições e/ou personalidades importantes para a comunidade, bem como propõe um projeto paisagístico para a região, materializando a memória e identidade negra nas ruas do bairro. Para a arquiteta, a premiação configurou-se como uma experiência única na finalização de sua jornada acadêmica. “Espero que a temática abordada no trabalho rompa os limites da academia e ganhe novos espaços”, diz. Atualmente o trabalho dela integra a exposição ‘Prêmio Projetando o Futuro’, que ocorre durante todo o mês de dezembro.

Mais prêmios

A professora Giselly, que é também integrante do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) do IFSP e líder do Grupo de Estudos e Pesquisas das relações Étnico-Raciais no Território, Arquitetura e Saneamento (GEPRETAS) está envolvida em mais uma iniciativa premiada. O projeto de pesquisa e extensão Ivafro (Identidade Visual a partir de uma perspectiva afrocentrada), coordenado por ela, também recebeu menção honrosa do CAU/SP. A pesquisa estudou os povos bantus, relacionados com o Brasil da diáspora africana, analisando a cosmologia da África, seus signos e simbolismos. Esse projeto contou com a colaboração de três estudantes de arquitetura e urbanismo do IFSP: Bruna Pinheiro, Guilherme Bomfim e Victória Bezerra.

Bruna conta que é muito raro que a temática étnico-racial seja abordada nas aulas, e que ter o trabalho reconhecido pelo CAU “valida a importância e relevância de compreendermos as contribuições multiculturais na arquitetura e a importância de estudar essas colaborações como um resgate histórico da nação.” No mesmo sentido, Victória diz que receber a menção honrosa é muito mais do que gratificante, “significa uma vitória na luta decolonial e antirracista dentro da nossa área de atuação, sendo um grande incentivo para que mais projetos como esse possam surgir.”

Segundo Giselly, as premiações do CAU, recebidas por ela com muita emoção e alegria, tem um significado importante para uma arquiteta e urbanista negra, professora e pesquisadora em uma área elitista, em que ainda há grandes disparidades relacionadas com gênero e raça. “As premiações ratificam que estamos no caminho certo na luta por uma educação antirracista e antissexista, além de cumprir com a Lei nº 10.639/2003 que impõe a inclusão da temática de ‘História e Cultura Afro-Brasileira’ no currículo da rede de ensino”. Ela ainda destaca a importante iniciativa do CAU/SP em realizar premiações como essa, que fortalecem, incentivam e destacam a diversidade na área de Arquitetura e Urbanismo.

 

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